11 de nov. de 2009

Vendo as eleições OAB através dos olhos do Renê

Na condição de acadêmico, somo minha atenção às do colega Renê de Rossini Rossi. De fato, temos todos que estar atentos aos passos que estão sendo dados nesta campanha da OAB-GO. A autarquia extrapola a alçada dos advogados e, para mim, a OAB é do povo, dada a sua importância e abrangência. Lógico que é a representação mais consolidada que existe e isto se deve, em parte à formação de seus representados e, noutro quadrante, pela vontade guerreira de seus cabeças. Caro amigo Renê, você, melhor que eu, sabe: onde há poder, há disputa e onde há disputa, há baixaria. Tem razão o amigo quando delata o desdenho que uns usam como expediente. Eu, por exemplo, mesmo na simples condição de acadêmico, ou seja, ainda não votante, tenho recebido chuvas de e-mails. Alguns são muito bem-vindos, pois me são mandados por amigos. Já outros, confesso, nem os abro temendo serem até vírus. Detalhe: é pancadaria pura o conteúdo de tais e-mails. O que me assusta é que tem muito advogado que não sabe nem escrever. Espero que, por tudo que está acontecendo, o advogado-eleitor tenha consciência e vote na chapa que melhor se adapte à sua demanda. Aliás, sendo sincero, eu não acredito muito em propostas. Acho que uma gestão é feita de gente, de ser humano. Proposta qualquer grupo especializado pode levantar e encantar aos que mais padecem. Direito é uma profissão arrojada e sua classe deve ser a mais exemplar. Eu não acredito em milagre político e nem em chapa que promete tudo. Mais que isto. O advogado qualificado, gabaritado, é o que menos precisa de adulação. Portanto, há que se votar nas pessoas que têm capacidade verdadeira. Eu, ainda que estudante, estaria de bandeira na mão e machadinha nos dentes se determinados sujeitos estivessem em campanha, mas tive notícias de que foram expurgados. Faria questão de denunciar os desmandos que tais atores cometeram no passado, notadamente quando fui líder estudantil, mas isto é letra morta já que foram expulsos de chapa. Enfim, a coisa macro é que importa. Idéia semelhante eu penso de quase todas as campanhas. Destarte, espero que a OAB esteja cada vez mais fixada na rocha e que os milhões que estão sendo gastos em campanha se revertam em bons frutos aos advogados e aos cidadãos. Agora na reta final, a campanha tende a descambar para o circo, mas, quem tem proposta/ elemento humano sabe se desvencilhar e aproveitar a força do coice. Pulso firme aos gladiadores e alea jacta est – a sorte está lançada.

Nelclier Martins Marques

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