14 de nov. de 2009

ARTIGO PUBLICADO: Por que você corre tanto?


A vida é isto que acontece neste exato momento.
Devaneios me inspiraram e escrevi sobre o tema (vida). Espero que apreciem.

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Por que você corre tanto?

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Se você é uma pessoa comum, aposto que vive correndo. Isto é normal na sociedade capitalista em que vivemos, onde cada um tem que dar seus pulos. Porém, hoje me deu cisma sobre este aspecto: afinal, estamos correndo em direção a quê? É fato que temos que viver e apurar certas coisas, mas para quê tanta peleja? De repente me dou conta de que caminho a mil por hora e que esta correria não era o meu plano anterior. Quer dizer, a gente faz plano de vida que nunca se viabilizará, esta é a mais pura verdade. Vivemos apenas o presente e é muito difícil ter consciência disto. Nossa vontade, nosso desejo, é isto que se passa agora, não o que se processou ontem ou vai se processar amanhã. É normal fazer planejamento, é fundamental, é necessário. Lógico que a vida tem uma série de necessidades que precisam ser trabalhadas. O relógio do destino não pára, porém, é quase tudo uma fuga da realidade, uma negação da morte. Duvida? O que você tem feito de realmente seu na sua vida? Não estou querendo ser esquisito ou revolucionário, estou apenas suscitando o tema, quero lembrar que a morte é inevitável e que não temos certeza do tempo que nos resta, se vários anos ou apenas algumas horas ou míseros segundos. Não se assuste com esta abordagem, apenas reflita sobre isto. Não sou triste ou revoltado, sou um cara feliz com muitas coisas que faço, vivo, penso, quero, trabalho. Este é o lado motor da vida. Mas, nem tudo são flores. Só me grila é esta correria desenfreada que a sociedade vive. Eu pelo menos tento dar um colorido, um sentido, às minhas ações. É tarefa difícil, confesso. Todavia, vejo que muitas pessoas vivem vegetando, perderam o tesão, já desistiram, entregaram os pontos. A espera do fim sossegado é o lema de muitos. Mal sabem que não haverá paz se todo mundo relegar esta missão ao outro – autoridades. Sei lá, talvez isto sejam devaneios meus. Como diria o saudoso pintor baiano Caribé: a única coisa que se pode fazer antes de morrer é viver. Eis o pensamento que quis compartilhar com você. Procure ser feliz, já!

13 de nov. de 2009

A vida é isto que acontece neste exato momento.

Ainda sobre o artigo "Das Reflexões..."

Afirmo que não tem destinatário.

Falo do geral, de algo que serve de retrato do momento. Tento servir de inspiração para que as pessoas reflitam. Que fique bem claro este posicionamento e que ninguém se sinta perfilado no artigo. Serve apenas de análise pontual de uma realidade que existe. Penso que esta deve ser a sacação deste tipo de abordagem. Se fosse para mandar recado eu falaria na lata.

Obrigado pela atenção!

ARTIGO PUBLICADO: Das reflexões que o humor provoca

De onde surgem as idéias?
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Platão dizia que nenhuma idéia surge do nada, que sempre existe uma idéia precedente. Isto é bastante óbvio, pois quando nascemos o palco já estava montado (Shakeaspeare). Porém, o problema reside justamente no "óbvio", ou seja, na dificuldade de se ver as coisas mais claras, mais ululantes.

Existe um mecanismo idiota em nosso cérebro que nos cega. Procurar ver o óbvio é uma arte a que me dedico faz tempo.

Este artigo, por exemplo, surgiu de uma agradável conversa intelectual que tive com meu amigo e colega de trabalho Yusley Neto. Assim surgem as idéias, a inspiração.

A vida é isto, nós é que somos hipnotizados por valores que não são nossos. Pensa a respeito!




Das reflexões que o humor provoca

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A coisa mais repugnante é conviver com quem não tem humor. Pior ainda é conviver com quem só tem ironia. Como dito pelo Cipolla: “Quando alguém faz ironia, ri dos outros. Quando faz humorismo, ri com os outros.” O Jô Soares já disse que o homem é o único animal capaz de rir de si mesmo. Concordo, pois os outros animais são meio-irracionais. Sou humorista, não palhaço sem circo, eis o que sou quando afirmo ser humorista. Já vi tanta coisa que acabei me filiando à turma que prefere o humor como linha de crítica. Não criticar para colocar defeito, mas para alertar, construir. Afinal, de que adianta falar tão sério se a maioria não sabe nem falar brincando? Mesclado ao humor surge a questão de ser inteligente e estúpido. O humor é uma forma inteligente de se fingir de estúpido. Ainda com Cipolla, é fascinante a sua distinção entre inteligente e estúpido. Diz ele que o inteligente sabe que o é, já o estúpido, todos nós sabemos, jura que é gênio. Da leitura de um personagem de Edgar Allan Poe, fiquei chocado quando ele disse que as pessoas inteligentes jogam damas. Grilei porque prefiro xadrez e achava isto um prazer inteligente. Logo em seguida Poe explica: no xadrez você prevê a jogada do adversário, já num jogo de damas isto não é possível. Daí, entendi: damas é um jogo estúpido e para conviver com o que é estúpido tem que ser inteligente. Aprofundando, pode-se trazer para o dia-a-dia, ou seja, conviver com gente inteligente acaba gerando uma zona de conforto em nosso cérebro. Porém, conviver com estúpido é um desafio diário, uma indignação constante. A desgraça é que o pacote do estúpido tem sempre como acessório a ironia. O estúpido ri de tudo e de todos, só não usa espelho. O irônico mais desprezível é aquele que ri por dentro e não mostra os dentes, franze a testa, faz olho de mira, vive de fofoquinhas e nunca imaginou que a base de sua plataforma de lançamento é onde está fixado. Aliás, nunca entendi: por que acha que vai ter sucesso o estúpido? Acho que, sem querer o querido, fui irônico agora. O reclamo se justifica porque vivemos num mundo cheio de armadilhas estrategicamente instaladas para afugentar os que se acham espertos, porém, tolos, mal sabem que são os mais imbecis.

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11 de nov. de 2009

Vendo as eleições OAB através dos olhos do Renê

Na condição de acadêmico, somo minha atenção às do colega Renê de Rossini Rossi. De fato, temos todos que estar atentos aos passos que estão sendo dados nesta campanha da OAB-GO. A autarquia extrapola a alçada dos advogados e, para mim, a OAB é do povo, dada a sua importância e abrangência. Lógico que é a representação mais consolidada que existe e isto se deve, em parte à formação de seus representados e, noutro quadrante, pela vontade guerreira de seus cabeças. Caro amigo Renê, você, melhor que eu, sabe: onde há poder, há disputa e onde há disputa, há baixaria. Tem razão o amigo quando delata o desdenho que uns usam como expediente. Eu, por exemplo, mesmo na simples condição de acadêmico, ou seja, ainda não votante, tenho recebido chuvas de e-mails. Alguns são muito bem-vindos, pois me são mandados por amigos. Já outros, confesso, nem os abro temendo serem até vírus. Detalhe: é pancadaria pura o conteúdo de tais e-mails. O que me assusta é que tem muito advogado que não sabe nem escrever. Espero que, por tudo que está acontecendo, o advogado-eleitor tenha consciência e vote na chapa que melhor se adapte à sua demanda. Aliás, sendo sincero, eu não acredito muito em propostas. Acho que uma gestão é feita de gente, de ser humano. Proposta qualquer grupo especializado pode levantar e encantar aos que mais padecem. Direito é uma profissão arrojada e sua classe deve ser a mais exemplar. Eu não acredito em milagre político e nem em chapa que promete tudo. Mais que isto. O advogado qualificado, gabaritado, é o que menos precisa de adulação. Portanto, há que se votar nas pessoas que têm capacidade verdadeira. Eu, ainda que estudante, estaria de bandeira na mão e machadinha nos dentes se determinados sujeitos estivessem em campanha, mas tive notícias de que foram expurgados. Faria questão de denunciar os desmandos que tais atores cometeram no passado, notadamente quando fui líder estudantil, mas isto é letra morta já que foram expulsos de chapa. Enfim, a coisa macro é que importa. Idéia semelhante eu penso de quase todas as campanhas. Destarte, espero que a OAB esteja cada vez mais fixada na rocha e que os milhões que estão sendo gastos em campanha se revertam em bons frutos aos advogados e aos cidadãos. Agora na reta final, a campanha tende a descambar para o circo, mas, quem tem proposta/ elemento humano sabe se desvencilhar e aproveitar a força do coice. Pulso firme aos gladiadores e alea jacta est – a sorte está lançada.

Nelclier Martins Marques

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