16 de mar. de 2010

PUDIM



Martha Medeiros





Não há nada que me deixe mais frustrada do que pedir Pudim de sobremesa, contar os minutos até ele chegar e aí ver o garçom colocar na minha frente um pedacinho minúsculo do meu pudim preferido.


Um só.



Quanto mais sofisticado o restaurante, menor a porção da sobremesa.


Aí a vontade que dá é de passar numa loja de conveniência, comprar um pudim bem cremoso e saborear em casa com direito a repetir quantas vezes a gente quiser, sem pensar em calorias, boas maneiras ou moderação.



O PUDIM é só um exemplo do que tem sido nosso cotidiano.



A vida anda cheia de meias porções, de prazeres meia-boca, de aventuras pela metade.


A gente sai pra jantar, mas come pouco.



Vai à festa de casamento, mas resiste aos bombons.



Conquista a chamada liberdade sexual, mas tem que fingir que é difícil (a imensa maioria das mulheres continua com pavor de ser rotulada de 'fácil').



Adora tomar um banho demorado, mas se contém pra não desperdiçar os recursos do planeta.



Quer beijar aquele cara 20 anos mais novo, mas tem medo de fazer papel ridículo.



Tem vontade de ficar em casa vendo um DVD, esparramada no sofá, mas se obriga a ir malhar...


E por aí vai..



Tantos deveres, tanta preocupação em 'acertar', tanto empenho em passar na vida sem pegar recuperação...



Aí a vida vai ficando sem tempero, politicamente correta e existencialmente sem-graça, enquanto a gente vai ficando melancolicamente sem tesão...



Às vezes dá vontade de fazer tudo 'errado'..


Deixar de lado a régua, o compasso, a bússola, a balança e os 10 mandamentos.



Ser ridícula, inadequada, incoerente e não estar nem aí pro que dizem e o que pensam a nosso respeito.


Recusar prazeres incompletos e meias porções.



Até Santo Agostinho, que foi santo, uma vez se rebelou e disse uma frase mais ou menos assim:


'Deus, dai-me continência e castidade, mas não agora'...



Nós, que não aspiramos à santidade e estamos aqui de passagem, podemos (devemos?) desejar vários pedaços de pudim, bombons de muitos sabores, vários beijos bem dados, a água batendo sem pressa no corpo, o coração saciado.



Um dia a gente cria juízo.


Um dia.


Não tem que ser agora.



Por isso, garçom, por favor, me traga:


um pudim inteiro, um sofá pra eu ver 10 episódios do 'Law and Order', uma caixa de trufas bem macias e o Richard Gere, nu, embrulhado pra presente.


OK?


Não necessariamente nessa ordem.



Depois a gente vê como é que faz pra consertar o estrago.

From Helena

Advogado e Engenheiro... adivinha!

Três Advogados e três Engenheiros estavam viajando de trem para uma conferência.

Na estação, os três Advogados compraram um bilhete cada um, mas viram que os três Engenheiros compraram um só bilhete.

- Como é que os três vão viajar só com um bilhete? (perguntou um dos Advogados)

- Espere e verá - respondeu um dos Engenheiros .

Então, todos embarcaram.

Os Advogados foram para suas poltronas, mas os três Engenheiros se trancaram juntos no banheiro.

Logo que o trem partiu, o fiscal veio recolher os bilhetes.

Ele bateu na porta do banheiro e disse:

- O bilhete, por favor.

A porta abriu só um a frestinha e apenas uma mão entregou o bilhete. O fiscal pegou e foi embora.

Os Advogados viram e acharam a idéia genial.

Então, depois da conferência, os Advogados resolveram imitar os Engenheiros na viagem de volta e, assim, economizar um dinheirinho. (reconheceram a boa idéia dos Engenheiros, porém com a criatividade que é peculiar da própria profissão, resolveram melhorar).

Quando chegaram na estação, a história se repetiu, ou seja, os Engenheiros compraram só um bilhete mas, para espanto deles, os Advogados não compraram nenhum..

- Mas, como é que vocês vão viajar sem passagem? (um Engenheiro perguntou perplexo).

- Espere e verá - respondeu um dos Advogados.

Todos embarcaram e os Engenheiros se espremeram dentro de um banheiro e os Advogados em outro banheiro ao lado.

O trem partiu. Logo depois, um dos Advogados saiu, foi até a porta do banheiro dos Engenheiros, bateu e disse:

- A passagem, por favor !!!!


From Amanda

15 de mar. de 2010

Helena sempre preocupada com o marido

Um sujeito vai ao médico para exames de rotina.

O médico, depois de ver a história clínica do paciente, pergunta:

- Fuma?

- Pouco.

- Tem que parar de fumar.

- Bebe?

- Pouco.

- Tem que parar de beber.

- Faz sexo?

- Pouco.

- Tem que fazer muito, mas muito sexo.

Isto irá ajudá-lo!

O sujeito vai para casa, conta tudo a mulher e, imediatamente, vai pro banho.

A mulher se enche de graça e esperança, se enfeita, se perfuma, põe roupa especial e fica na espera.

O sujeito sai do banho, começa a se arrumar, se vestir, se perfumar e a mulher, surpresa, pergunta:

- Aonde é que você pensa que vai?

- Não ouviu e entendeu o que o médico me disse?

- Sim, mas, aqui estou eu prontinha ...

O sujeito:

- AH, HELENA, HELENA, HELENA!!! LÁ VEM VOCÊ COM SUA MANIA DE REMÉDIO CASEIRO!!!

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From Helena

12 de mar. de 2010

ARTIGO PUBLICADO: Eu, um estranho de mim

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Escrevi este artigo em abril de 2009 e o deixei maturando nos meus arquivos. Isto foi necessário porque, na verdade, fala muito de você, de mim, de todos nós. Artigos são crias e um bom pai deve zelar de seus filhos, até que eles possam ganhar o mundo. Muito obrigado pela atenção.

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Eu, um estranho de mim

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Nossas mentes vivem travadas. Dementes. Passamos o dia inteiro fingindo cortesia, mas não somos corteses. Eu não sou cortês e você muito menos o é. Vivo engessado, preso nesta armadura chamada corpo, que parece ter nascido no lugar errado. Eu sou o meu louco e o meu próprio analista. Às vezes me entendo. Nem sempre tenho dó de mim. Raras vezes me contento. Quando estou absolutamente só, até que sou mais eu. Em sociedade, porém, chego a me odiar, pois sei o que preciso fazer e não faço, insisto em ser eu mesmo, original, poético, profundo, lírico, sincero. Daí, sou chato, esquisito, maluco, besta, sei lá o quê. Até eu me estranho, pois vivo corrompido por paradigmas, modelos, padrões, moldes, exemplos, protótipos, que não me servem, não me cabem. Arquétipos me assustam, mas, quando sou ator, piadista, palhaço, sou agradável, sou parte de mim, algo do que posso, não tudo, mas adoro. Quando faço um de meus personagens, caras, risos, vozes, estilos, pois tenho várias faces, sou aplaudido, riem, comemoram, gosto, rio, deleito-me. Porém, quando sou eu mesmo, eu de fato, ser humano, gente, raso, desarmado, puro, límpido, transparente, confesso, nem eu mesmo me suporto. Quase sou morto, triturado, assado, macerado. A vida cobra que sempre pareçamos capazes, que sempre nos postemos elegantes, fortes, sobrenaturais, preparados. Pura besteira, propaganda, segregação, fraqueza, ingenuidade. A maioria tem medo, pois quem não tem medo é doido, não se preserva, expõe-se e morre. A maioria ensaia cem vezes para ver se na hora agá não escorrega e cai no chão. Viver, acredite, é melhor que sonhar. Quem muito planeja sempre adia e nunca faz, da mesma forma que quem sempre mete a cara logo morre. Meio termo. Mediano. Relax. Viver é dar drible na morte e curtir os prazeres sem medo de errar, sem a praga do pecado, invenção maldita que me persegue desde sempre, inferno do cão. Ah, quem me dera ser eu mesmo só para ver a reação dos meus pares. Viver é uma falsidade imensa. Sei que se eu fosse eu mesmo, a maioria nem me olharia na cara, ainda mais se eu falasse tudo que penso, sinto e vejo. Assustado? Que nada, de boa, você é que está sendo falso agora, pois pensa mais ou menos a mesma coisa, a única diferença é que não tem coragem de falar. Aliás, nem eu tenho, pois não falei nada, apenas imaginei. Isto é apenas uma divagação, eu não escrevi nada disto e nem poderia. Ê, vida, se fossemos todos sinceros, eu, você, todos nós, acredite, eu acredito, não seriamos homo sapiens, seriamos puros animais, macacos, bichos, cachorro, cavalo coiceiro, mula. Quando posso, escrevo o que eu penso. Quando devo, escrevo o que as pessoas querem ouvir. Desta maneira, vamos nos comunicando, até nos afunilarmos. Devaneios, quem não os tem? Não quero desarmar ninguém, se puder, apenas pense, abra a boca e diga alguma coisa, pelo amor de Deus. Diga que não estou só. Diga que você pensa e sente a mesma coisa. Devaneios? Talvez. Quem sabe isto já não seja um brilhante começo.

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11 de mar. de 2010

Dr Thiago Teles me mandou sua 1ª Decisão como magistrado

Quantos da turma chegarão aos pés de Thiago Teles profissionalmente? Quantos já não morreram engasgados com o próprio veneno? Mas, águas passadas não movem mais nada.

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Melhor falar do hoje. Rememoremos Cora Coralina, que sabiamente escreveu: aquele que dá a flor, fica com o seu perfume na mão.

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Fiquei muito lisonjeado com seu e-mail, Dr Thiago Teles. O Thiaguinho de antes é Juiz de Direito hoje.

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Vi suas pastas e pastas de material de estudo e entendi: sucesso é treino, é labuta, o resto é acaso.

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Zele de sua índole, pois vale a pena ser correto e ter reputação. O tempo descobre tudo e você se revelou melhor que muitos.

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Parabéns, mais que merecidamente!

Mande sempre notícias.

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