3 de mar. de 2010

ARTIGO PUBLICADO: Não somos eternos


É difícil de encarar, mas não estaremos neste mundo para sempre. Às vezes vivemos em busca de ideais e nem nos damos conta da nossa finitude. Tem gente que adora dar balanço da vida alheia, pobre coitado, não imagina que isto é fuga da própria realidade. Nunca fui utópico de querer mudar o mundo. Já quis sim mudar a minha aldeia, mas, hoje, confesso, procuro é me adaptar a este mundo que construíram antes da minha chegada. A verdade é esta, infelizmente: nascemos num cenário pronto e acabado. É inquietante observar as diferentes formas de vida que as pessoas adotam. Na profissão de psicólogo, conheci várias realidades. No curso de Direito, novo horizonte se abriu em minha mente, tão vasto quanto o anterior. Ou seja, a vida tem inúmeras formas de ser encarada, decifrada, vivida. A morte é um tema que assusta e apavora a maioria dos seres ditos normais, porém, meus caros, é uma pauta que não deve ser simplesmente ignorada. Procure viver mais o seu presente. Faça do passado o seu alicerce e do seu futuro a sua meta. Vale lembrar que não sabemos o dia em que vamos partir, ninguém sabe. Se você quer dizer que ama, diga. Se quer mandar alguém ir para aquele lugar, pense bem e, se puder, mande. Não adie tudo. Abrace, beije, transe, sorria, viaje. Uma vez li que a felicidade existe onde construímos a sua morada. Quer dizer, se colocarmos tudo para o futuro, é lá que talvez seremos felizes. Poupar para comprar uma casa ou um carro é uma coisa, um sacrifício que vale a pena, porém relegar tudo para o futuro é burrice. Saiba que o futuro é apenas um desejo, um ideal, não é prático, não existe na verdade. Cuidado, de repente vem uma crise ou uma catástrofe e muda tudo e seus planos vão por água abaixo. Claro que devemos guardar as devidas proporções, não se trata de chutar o pau da barraca, comprar uma Harley Davidson e sair por ai. Não me refiro a isto. Falo de coisas até banais, do tipo aprender a contemplar os próprios lírios do campo, ouvir uma boa música, relaxar, alimentar-se bem, dormir aprazivelmente e coisas do gênero. Lembre-se que somos humanos e, portanto, temos defeitos e qualidades. Comece observando quais são as suas qualidades e invista nisto. Com o tempo você vai abandonando seus defeitos. Aquele que grita e estufa o peito pode estar é tentando camuflar um covarde medroso. Os nossos defeitos nada mais são que cercas criadas para tentar nos proteger, mas não protegem, muitas vezes fazem é nos isolar. A vida é quadro que pintamos aos poucos diariamente. Sucesso.

Um comentário:

  1. Meu bom amigo, conte comigo sempre.
    Como sempre muito reflexivo e inteligente seu texto.

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