22 de fev. de 2010

ARTIGO PUBLICADO: Todo respeito ao Hospital Araújo Jorge



Hospital, sinceramente, não é um lugar muito agradável, pelo menos para mim. Cheguei ao ponto de fazer dois anos de medicina e desistir pelo fato de não suportar imaginar a minha vida presa a um nosocômio. Sempre que podia, evitava estes lugares. Há poucos dias tive dengue e até assinei termo de responsabilidade para sair mais cedo e me cuidar em casa mesmo. Definitivamente, hospital não é a minha praia. Porém, pela necessidade, algo forte me fez estar mais presente num desses ambientes e fiquei admirado. Meu pai, convalescendo de câncer – dá até repulsa dizer o nome desta maldita doença, teve um tratamento mais que excelente no Hospital Araújo Jorge. Fiquei encantando com a equipe médica. Que atenção tão carinhosa e prestativa dos médicos; enfermeiras; técnicos em enfermagem; psicólogas; maqueiros etc. Eu, que não sou fã de ambiente hospitalar, tirei o chapéu ao tratamento e empenho que aqueles amáveis profissionais dedicam aos pacientes ali instalados. Que atenção! Que dedicação! Médico não tem vida particular, vive para o outro. Lógico que uns se acham deuses, assim como alguns advogados, policiais e todo fadário de profissionais. Quero destacar o lado excelso do profissional da área de saúde, falo de um caso específico, falo do pessoal que trabalha duro no Araújo Jorge. E o grupo de teatro? Fiquei impressionado. Em pleno domingo e aqueles atores na maior disposição. Dava para observar da janela do segundo andar a turma se pintando no edifício em frente. Detalhe: era domingo de carnaval e aquele pessoal ali, fazendo algo em compaixão ao próximo. Que missão bonita! Fiquei observando e, de repente, começou a sair um batalhão de pessoas, parecia um carnaval de tantas cores, balões, perucas, adornos em geral. Que motivação! Que energia! Senti saudade do meu tempo de teatro no Show da Alma, na psicologia. Me senti envergonhado por ainda não ter me tocado o quanto podemos nos dedicar aos enfermos. Uma rusga de remorso quis me atingir por ter desistido da medicina. Antes eu queria ser paramédico, salvar vidas. Um turbilhão de coisas passava na minha cabeça enquanto eu chorava a situação do meu pai. Decidi: quero e vou fazer algo para ajudar aquele hospital. Não espero nada em troca. Acredito que a natureza nos devolve tudo o que nela lançamos, tanto de bom, quanto de ruim. Já procuro fazer várias coisas em outros segmentos, mas percebi que o Araújo Jorge é muito especial e precisa do nosso apoio para transmitir sua assistência aos que ali recorrem. Se puder, faça uma visita lá. Ficará impressionado com o volume de gente. É uma bagunça aparente, mas ali há sentimento e amor ao próximo e a demora no atendimento se justifica pela demanda e pela especialidade. Mais que uma visita, procure informações, faça algo para ajudar a manter aquela importante instituição. Você vai se emocionar e um bem estar vai tomar conta da sua vida.

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