O segredo da comunicação é se fazer entendido. De nada adianta se exibir falando invocado se o outro, o interlocutor, nada entender. Além disto, claro e evidente, deve existir o acesso a esta comunicação. Nesses termos, o jornal Diário da Manhã se encaixa perfeitamente. É, sem sombra de dúvida, um dos melhores jornais. Possui dedicada e competente equipe profissional fazendo com que suas matérias sejam diversas e ainda permite que o leitor se manifeste abertamente. Lógico que tem o crivo do conteúdo, pois também não é o caso de se publicar a esmo só para abrir espaço. Desta maneira, escritores, pensadores, profissionais, políticos, cientistas, professores, intelectuais, entre outros, se revezam diariamente. Sentem-se instigados, desafiados com suas mentes, experiências. É um exercício prazeroso, que só um jornal completo, seguro de si, pode propiciar. Creio que isto é aprovado, pois, do contrário, este espaço não existiria. Um jornal se faz assim: antenado com os seus leitores. Jornal não é simples lista de ocorrências policiais, imprensa marrom. Jornal é plural, multifacetado. Desde o meu primeiro artigo aqui, sempre tenho muito zelo com as minhas idéias, observo, busco relevância nos fatos, penso bastante e, pela prática, em poucos minutos esboço alguma coisa. Às vezes, surgem idéias até no meio da noite e já amanheci escrevendo. Isto tem que ser natural. Escrever não há de ser tarefa difícil ou castigo. É, antes de tudo, um prazer, um exercício seguro, e também uma prova de fogo entre idéias e realidade, uma mudando a outra. Basta confrontar com as críticas e elogios que vêm depois. Escrevendo aprendi a dar mais valor às minhas idéias. Melhor que isto, passei a ter mais idéias. Naturalmente fui refutando coisas que não levam a nada e apurando o que tem significado, tanto na prática de escrever, quanto na vida particular, diariamente. É responsabilidade grande falar do jornal Diário da Manhã porque a gente se sente íntimo, mais próximo. Colegas já até brincaram comigo dizendo: você deve ser sócio do jornal. Quem me dera, respondo. Falam isto por se sentirem representados. As pessoas têm um fascínio por jornal e, por conseguinte, por quem escreve. Todos nós temos a faculdade de escutar, ler, pensar, falar. Escrever é uma extensão disto, é uma dedicação. Os invejosos e ignorantes dizem que é falta do que fazer, que a pessoa tem que ter muito tempo. É deprimente esta falta de inteligência. Mas, com todo esse tempo, já sabem que escrevo e mudaram de opinião. Aliás, os mais amigos adoram tudo. Já os mais sinceros não apenas elogiam, mas comentam a fundo e até criticam, sugerem, transformam-se e nos transformam. É maravilhoso quando, além dos amigos, desconhecidos lhe fazem comentários e você vê que teve efeito a sua iniciativa. Melhor ainda quando você passa a ter uma legião de pessoas que comentam, que interagem. Isto é um troféu. A vida se faz assim: com elogio, crítica e consciência. É difícil perceber, porém não existem as respostas e as soluções mágicas que o homem médio pensa existir. Cabe a nós, você e eu, construirmos um mundo mais afável. O jornal Diário da Manhã é digno de respeito por se transformar em catalisador, uma verdadeira ponte entre a verdade e o mundo das aparências. Um jornal cujo timoneiro é da área, um autêntico jornalista, homem de fibra que vem labutando e superando obstáculos, um ambientalista ligado às mazelas de ontem, de hoje e de amanhã. Seu editor-geral é probo, já foi preso, já sofreu intempéries as mais diversas, mas nunca se arredou de sua missão que é ser jornalista. Um exemplo para quem precisa encarar a vida e não tem coragem. Uma inspiração para ter identidade e, quem sabe, ser uma página da História. Congratulações mais que especiais pelos 30 anos de existência do jornal. Veja ai o que a convicção de um homem não é capaz de fazer. Eis a obra, um jornal, um livro escrito por dia, trabalho que se completa com vários especialistas, inclusive com os leitores espalhados pelo planeta, através da rede mundial de computadores. Parabéns, Batista Custódio, pelo desprendimento e apego ao semelhante! Parabéns, Equipe do Diário da Manhã, pelo profissionalismo e aprimoramento! Vida longa e sempre recheada de sucesso! As dificuldades são o cimento e a nossa meta, o tijolo.
Nelclier Marques é psicólogo, acadêmico de Direito PUC Goiás (7º período) e escritor
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