15 de abr. de 2011

É preciso viver urgentemente



A tensão é constante. A natureza sacode o planeta aqui e ali e ninguém sabe ao certo onde eclodirá o próximo terremoto ou qualquer catástrofe, consequência das alterações climáticas. Do lado social, temos toda espécie de circo de horrores sendo, inclusive, dada como show na tevê. Crianças sendo covardemente assassinadas por um maluco admirador de outro maluco. É a tal da vida moderna, onde, como se não bastassem os problemas normais, de repente, chega um projeto de terrorista e finaliza tudo. Esses cenários, reais e imaginários, são base para vários tipos de desarranjos mentais; fazem com que as pessoas pareçam baratas tontas: correm sem saber o rumo certo. Na verdade, já existe a consciência coletiva de que estamos todos expostos ao acaso. Nesse mundo cheio de tecnologias, ninguém sabe ao certo quem será o próximo alvo. Cria-se uma desconfiança geral, onde a vida humana, paradoxalmente, já está banalizada. Para piorar, some à salada acima a questão da droga. Agora é normal você sair para fazer até uma caminhada e encontrar vizinho fumando maconha e ainda lhe dando tchauzinho. “Abrir a mente.” Que mente? É o mundo da falta de valores. E olha que não estou tão velho assim para ficar sublinhando valores e referências. Nos meus 38 anos de existência, aprendi que aquilo que se aprende é base para mais aprendizado. A questão é que enquanto alguns poucos notáveis estão se debruçando para resolver certos problemas, o restante da população está em polvorosa e muitos outros estão é catalisando a catástrofe, ou seja, estão acelerando as calamidades. Não existe, mas devia haver um pedal de freio no mundo para que pudéssemos organizar esta bagunça e redefinir papéis. Pois, do jeito que as coisas estão, a tendência é só se recrudescer. Adie um problema, mas saiba que a solução também será adiada. O pior é que muitos problemas só se agravam com o tempo e isto é fato. Alguns são até irreversíveis, como em certos casos da natureza. Já não adianta querer tapar o sol com a peneira. Os problemas, como um todo, estão cada vez mais evidentes e isto, por óbvio, afeta a mente das pessoas, o lado psicológico. Do jeito que está caminhando a sociedade, logo teremos uma geração de completos idiotas, paranóicos. Um dos reflexos disto é a lassidão das autoridades competentes em relação às drogas, veículo de fuga até para muitos “doutores”. Fala-se em coibir, precaver, mas a realidade destoa. O mundo está à beira de um colapso nervoso e é preciso que mais pessoas se conscientizem disto. Salvar o planeta já não é só assunto de cientistas, artistas ou intelectuais, é papel de todos nós. O assunto deve ser tratado de maneira sistêmica, ou seja, como um todo, não há como desvincular a teia que se tornou indivíduo, natureza e sociedade. Exemplos só não bastam, pois, a uma mente despreparada, exemplos só fazem complicar a teoria e afastar a prática. Já ouvi várias pessoas relatarem que se sentem neste mundo como se estivessem sentadas numa bomba prestes a explodir. Essa sensação de incapacidade perante os problemas reais e psicológicos não dão sustentação a uma personalidade normal. Nota-se a fuga em massa, cada um pensando apenas no próprio umbigo, fora os que nem pensam no próprio umbigo. É cada um por si e o resto que se exploda. Digo-lhes: isto é um equívoco tremendo, pois somos seres que dependem um do outro, nossas relações se completam. A vida humana está cada vez mais descartável, portanto, se ninguém começar a respeitar e dar valor ao semelhante, não será difícil imaginar um mundo cão logo em breve. Não trago mazelas e nem complicações. Apenas reflito sobre os antagonismos que observo. A vida urge. Trate de viver com qualidade, pois a festa pode acabar a qualquer momento.



NELCLIER MARTINS MARQUES é Psicólogo e graduando em Direito PUCGO 9º período.


TWITTER: @NELCLIER


14 de abr. de 2011

Suprema II

Quero que ela venha e habite em mim, a minha casa, a minha vida, todo o meu ser.



Quero que seja toda minha, cada momento, cada vida.



Quero ser todo seu, por inteiro, pensamento, coração, corpo, desejo.



Quero uma vida plena, nossa, íntima, ardente, mútua.



Quero ser o seu esteio, seus oásis.



Quero ser sua fuga nos momentos de dor e sua praia preferida nas suas férias.



Não quero ser seu pai e nem seu professor.



Que minha mão apare cada lágrima sua que se atrever a cair.



Quero ser apenas seu macho; seu par; seu dono; seu escravo; seu amante; seu poeta; seu milionário; seu Gianecchini; seu tudo.



Que nossas horas sejam sempre povoadas de enlace e cumplicidade. Que façamos amor até por olhares de esguelha.



Só me resta encontrá-la, deusa minha, musa inspiradora.



NELCLIER!

10 de abr. de 2011

BOASURA

As coisas boas, notadamente, acontecem sem muita explicação.


Vem e ficam.


Vem e vão.


Deixam sempre um sabor de quero mais.


É uma vontade que não se sacia.


É um querer delicioso.


Assim como a minha musa.


Como.


Assim desse jeito.


Totalmente.



Nelclier


Procura-se um vereador

Sei que política é conversa chata e estressante para alguns, mas não devemos dar tudo de bandeja aos nossos representantes. Talvez valha a pena discutir este assunto. As eleições municipais estão chegando. Nas ruas poucos movimentos são percebidos, porém, nos partidos políticos a agitação já parece formigueiro. É sempre assim: um ano tem eleição e no outro tem articulação. Na verdade, o mundo político não pára nunca. Há que se observar neste momento, querido eleitor, a instância mais importante da representação política: a vereança. Ao contrário do que se pode imaginar, o universo político começa é com o vereador ou também conhecido como edil. Como se diz nos bastidores: é no município onde mora o cidadão. Claro, também, é no município onde estão as maiores demandas que deveriam ser atendidas pelos que se arvoram nesta odisséia chamada política. Tem prefeitura que está quase pedindo esmola. Depois da Lei de Responsabilidade Fiscal, ser prefeito exige um rebolado muito grande, tanto frente ao governo estadual, quanto ao governo federal. Há que se ter projetos bem feitos e toda sorte de padrinhos. Aqui uma máxima da Economia é sentida diariamente: escassez de recursos versus infinidade de demandas. Prefeito hoje vive passando o chapéu em todo lugar que pode. Então, nesse encontro entre povo e representação política aparece a figura do sempre “prestativo” vereador, aquele que não perde um velório ou uma festa de aniversário. Aparentemente, dependendo da cidade, ser vereador não é lá grande coisa. Porém, um grupo de vereadores mal intencionado pode detonar qualquer governo municipal. Isto se traduz em dor de cabeça para quem estiver à frente do Executivo, no caso, o prefeito. Lógico, o reflexo desse impasse será sentido por toda a cidade. Portanto, esta é a hora mais que oportuna de você, leitor, fazer um balanço de como o seu vereador retribuiu o seu voto. Caso se lembre em quem votou, pois tem gente que nem se lembra disto, faça uma análise rigorosa se valeu a pena assinar esse verdadeiro cheque em branco. Você sabe quanto ganha um vereador? Com o seu voto, se seu candidato foi eleito, garantiu-se a ele, no mínimo, excelente salário durante quatro anos. Agora é a sua vez de cobrar a fatura. Esse vereador foi fiel às propostas que fez? Esse vereador fez jus à expectativa que criou? Lembre-se que o município é o foco maior do objetivo político. Os políticos da sua cidade fizeram um bom trabalho ou só pensaram neles mesmos? Um vereador corrupto pode corromper a maioria dos colegas e condenar toda uma cidade. É a tal maçã podre que contamina a caixa inteira. De repente, quem sabe, está na hora de renovar toda a Câmara de Vereadores e também a equipe da Prefeitura. Democracia é isto, não dá conta, passa o bastão. Aliás, você sabe onde sequer fica localizada a Câmara Municipal da sua cidade, aquele confortável lugar onde trabalham os vereadores? Se isto não lhe interessa, saiba que os desmandos políticos nascem exatamente aqui. Comece a se inteirar do assunto. Faça um esforço, exerça cidadania, viste sua Câmara e sua Prefeitura. Busque os líderes partidários da sua cidade, procure informações. Não sirva de mula a vida inteira, talvez sua liderança seja suficiente até para elegê-lo. Detalhe: há que se filiar a um partido político no mínimo um ano antes das eleições. Quem sabe este singelo artigo sirva de inspiração para conhecermos um político que estava dormindo em você. Pensa nisto e ajuda a construir uma cidade, e, por conseguinte, um Estado e uma Nação, melhores para todos.



NELCLIER MARTINS MARQUES é Psicólogo e Acadêmico de Direito PUCGO 9º período

Pesquisa rápida no blog